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Foto do escritorMarcos Leandro

Especial 30 anos do tetra: a explosão de sentimentos com a conquista da taça

O mês de julho é especial. Marca os 30 anos do tetracampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Uma conquista que soltou o grito de "campeão", preso na garganta dos brasileiros havia 24 anos.


Um dos principais personagens da saga do tetra, o xerife Ricardo Rocha relembrou as histórias e citou fatos novos daquela época. Tudo isso em três episódios emocionantes no canal Ricardo Rocha 3 no YouTube, com a participação do comentarista Ricardo Rocha Filho e do jornalista Marcos Leandro.


EPISÓDIO 2


O segundo episódio do nosso especial traz bastidores da campanha na Terra do Tio Sam. A caminhada dentro e fora de campo que levou o Brasil à quarta estrela no peito. Para o nosso Xerife, entretanto, a Copa teve um começo inesperado. Logo na estreia, na vitória por 2x0 contra a Rússia, o zagueiro sofreu uma lesão grave no joelho no segundo tempo.



"Era titular e joguei contra a Rússia. Faltavam 20 minutos para acabar o jogo quando eu me machuquei. Aí entrou Aldair, que pra mim foi um dos melhores zagueiros de todos os tempos. Para mim foi difícil, fiquei muito mal, mas uma lesão faz parte de uma Copa do Mundo. Em princípio pensei que ia voltar para casa, mas Zagallo e Parreira conversaram comigo e reforçaram a minha importância para o grupo e aí fiquei para ajudar de outra maneira", destacou Ricardo Rocha.



JOGOS INESQUECÍVEIS


Além da Rússia, a Seleção Brasileira venceu Camarões e empatou com a Suécia na 1ª fase. A partir das oitavas de final, o sarrafo aumentou. Logo de cara, os Estados Unidos no dia 4 de julho, dia da independência do país. Jogo difícil, mas acabou com vitória por 1x0, com de Bebeto após passe de Romário. Jogo que teve a expulsão de Leonardo, após cotovelada em Tab Ramos.


"Tem uma frase do Parreira que era erro zero.  Fizemos uma primeira fase tranquila, contra Rússia, Camarões e Suécia, que aliás tinha um grande time. E essa mentalidade do erro zero começou nas oitavas de final, contra os Estados Unidos. Para mim foi o jogo mais importante. Por tudo que envolvia a data para eles, a motivação. Teve a expulsão de Leo também. Complicado. Mas o time taticamente era perfeito".

Nas quartas de final, a parada foi contra a Holanda. E surge outro grande personagem, Branco, que substituiu Leonardo, suspenso. Foi dele o terceiro gol, de falta (com o contorcionismo de Romário) , que garantiu a vitória por 3x2.




Na semifinal, o Baixinho, de cabeça, assegurou o triunfo por 1x0 e carimbou o passaporte para a final contra a Itália. O detalhe é que, recuperado, Ricardo Rocha poderia ter jogado, por conta de um problema com Aldair.


"Para a grande decisão, Parreira me chamou e me disse que Aldair era dúvida para o jogo. Estava treinando há dois dias, mas disse que se precisasse, poderia contar comigo. Mas graças a Deus Aldair jogou e deu tudo certo".

O duelo, que definiria o primeiro tetracampeão mundial, foi marcante. A Itália, de Roberto Baggio, Baresi e companhia, representava o campeonato mais forte da época, com a base do Milan, o time que dominava a Europa. Jogo tenso, que insistiu em acabar sem gols no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, a explosão veio com uma vitória por 3x2.


"Essa seleção era de grandes lideranças, como a de 70, que tinha Rivellino, Brito, Piaza, Carlos Alberto, Gérson. O que falta muito hoje em dia. Dunga era um grande capitão. Jorginho, Taffarel, Zetti, Gilmar, Taffarel, Branco, Mauro Silva, Leonardo, Raí. Nego escutava mesmo, era pau. E quando tinha problema a gente resolvia com a gente mesmo. Peguei muitas broncas. Tinha um jogador que veio falar comigo e queria desistir da Copa porque estava chateado. No diálogo com as pessoas, conseguimos resolver. As pessoas pensam que Copa do Mundo é só o jogo, mas jogo é só um detalhe".

EPISÓDIO 1


Assista também ao primeiro episódio do Especial dos 30 anos do tetra, com a trajetória das Eliminatórias e o marco das mãos dadas no jogo contra a Bolívia no estádio do Arruda.





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